Sobre o Instituto do Câncer Infantil

Criado em 1991, o ICI é uma organização sem fins lucrativos que atua para aumentar as chances de cura do câncer infantojuvenil. Referência na assistência de crianças e adolescentes com câncer, proporciona todo o auxílio necessário para a continuidade do tratamento. Através do ICI, os pacientes contam com assistência integral por uma equipe multidisciplinar formada por 21 áreas, como: pedagogia, psicopedagogia, psicologia, serviço social, nutrição, odontologia, treinamento funcional, fonoaudiologia, fisioterapia, psiquiatria, apoio jurídico, recreação terapêutica e equipe médica. Além disso, a instituição também oferece benefícios assistenciais com auxílios de vestuário, calçados, alimentos, transporte, medicamentos e exames especiais.
O ICI também desenvolve projetos de Pesquisas Científicas dedicados ao avanço de novos tratamentos para o câncer infantojuvenil, com uma Unidade de Pesquisa estruturada em núcleos: Pesquisa Celular e Molecular, Pesquisa Clínica, Pesquisa Epidemiológica e Núcleo de Bioinformática.

Sobre a Frente Parlamentar

O câncer infantojuvenil é a primeira causa de morte por doença na faixa etária de 0 a 19 anos no Brasil, gerando significativo impacto para as famílias e a sociedade. Por iniciativa do Deputado Tenente Coronel Zucco e apoio dos Parlamentares Estaduais, no dia 8 de julho foi lançada oficialmente a Frente Parlamentar em apoio ao Instituto do Câncer Infantil (ICI), com o objetivo de aumentar os índices de cura da doença. A instituição será responsável pelos subsídios técnicos para que os parlamentares possam debater o tema da Oncologia Pediátrica no Estado do Rio Grande do Sul.
Nestes quase 30 anos de atuação do ICI, foram realizados inúmeros projetos na área da assistência e das pesquisas cientificas, buscando aumentar as chances de sobrevida de crianças e adolescentes com câncer. Em parceria com os gestores Estadual e Municipais de Saúde, o ICI está desenvolvendo estratégias para viabilizar melhorias no modelo assistencial à crianças e adolescentes com câncer do RS, visando otimizar o acesso à Rede Assistencial para diagnóstico precoce e tratamento, além de cuidados centrados na família. Atualmente, as políticas públicas da Oncologia Pediátrica fazem parte de um modelo assistencial inserido naquilo que se aplica a pacientes adultos. São realidades muito distintas no planejamento de prevenção, diagnóstico e tratamento.
O apoio dos parlamentares, portanto, é fundamental para permitir avanços na definição de Políticas Públicas que levem em consideração as necessidades específicas da especialidade, permitindo assim melhores resultados para os pacientes.

Metas da Oncologia Pediátrica no Rio Grande do Sul

No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que 12.500 novos casos por ano surjam no país (biênio 2018-2019). No entanto, não é possível saber ao certo o número de crianças que são tratadas e as chances de sobrevida reais da doença, uma vez que a fonte para obter essas informações - os Registros Hospitalares de Câncer (RHC) – permitem apenas uma estimativa e, em muitos casos, os hospitais não possuem estruturas implantadas para coletar e processar as informações necessárias para preencher os registros. Cabe destacar que, anualmente, cerca de 3.800 crianças não conseguem se quer chegar ao tratamento.
No Rio Grande do Sul, estima-se a ocorrência de 600 casos anualmente. Embora nos centros especializados do Estado tenha ocorrido uma melhora nos índices de cura, muitos pacientes ainda são tratados em centros menos estruturados e consequentemente com resultados abaixo do desejado.
Visando otimizar o acesso à Rede Assistencial para diagnóstico precoce e tratamento, o Instituto do Câncer Infantil vem desenvolvendo estratégias para viabilizar melhorias no modelo assistencial à crianças e adolescentes com câncer do RS.

  1. Aprimorar a rede de referência e contra referência para que as crianças sejam tratadas em Hospitais especializados e estruturados em câncer infantojuvenil no Rio Grande do Sul - De acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica, um grande número de crianças e adolescentes com câncer são tratadas em hospitais sem habilitação do Ministério da Saúde em oncologia pediátrica pela Portaria GS/SAS que define os parâmetros mínimos dos serviços que atendem casos de oncologia no Brasil. O Estado do Rio Grande do Sul conta com sete Centros Oncológicos habilitados pelo Ministério da Saúde para Oncologia Pediátrica. São eles: Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Hospital da Criança Conceição (HCC), Hospital São Lucas da PUCRS, Hospital Santo Antônio, Hospital Geral de Caxias do Sul, Hospital São Vicente de Paulo em Passo Fundo e Hospital Universitário de Santa Maria. Atualmente, muitos pacientes são tratados em centros oncológicos não habilitados para Oncologia Pediátrica. É fundamental, portanto, que se estabeleça critérios para encaminhamento dos pacientes à Rede Assistencial existente e se estabeleça métodos de avaliação de performance e acreditação.
  2. Ampliar a atual cobertura de assistência às crianças e adolescentes através da capacitação de profissionais de saúde para facilitar o acesso ao tratamento em Centros Especializados e diagnosticar precocemente o câncer infantojuvenil  - Uma dos maiores limitantes de acesso ao pronto atendimento ao tratamento do câncer infantil é o fato de que os sinais e sintomas da doença muitas vezes se confundem com outras doenças comuns da infância. Outra dificuldade é que mesmo quando profissionais da Atenção Básica de Saúde suspeitam de câncer infantil, não dispõem de um protocolo de encaminhamento para que as crianças e adolescentes sejam encaminhadas para tratamento por equipes especializadas em câncer infantojuvenil. Pela experiência acumulada ao longo dos anos de atuação do Instituto do Câncer Infantil e coordenando o Programa Diagnóstico Precoce em nosso Estado, é fundamental o investimento em capacitação de profissionais da Rede Pública de Saúde a fim de diagnosticar precocemente o câncer infantojuvenil e agilizar a regulação dos pacientes do sistema público de saúde. 
  3. Aumentar a adesão a protocolos clínicos - Inúmeras publicações em diversos Centros Internacionais identificam claramente que pacientes que seguem tratamento de acordo com boas práticas clínicas tem significativo aumento nos índices de cura em comparação com resultados obtidos em centros de tratamento sem rigorosa adesão à protocolos clínicos. Neste sentido, a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica disponibiliza protocolos clínicos (guidelines), mas, na prática, apenas uma minoria de pacientes recebe o benefício de serem tratados seguindo estes protocolos.
  4. Aumentar a cobertura assistencial da população de 0 a 19 anos e manter atualizados os registros hospitalares de câncer - Para planejar políticas públicas, é fundamental ter acesso a fontes confiáveis de coleta de dados para conhecer e atuar nas prioridades. Em oncologia, duas fontes de dados são essenciais para esse planejamento: Registros de Câncer de Base Populacional e Registros Hospitalares de Câncer (RHC). No Brasil, existem 31 RCBPs e 271 RHCs implantados. No entanto, os dados dos RHCs encontram-se desatualizados. A fim de conhecer o número real de crianças que são tratadas, as que permanecem fora de tratamento e as chances de sobrevida, é necessária a obrigatoriedade de preenchimento dos RHCs para todos os serviços de referência em oncologia do SUS e da saúde suplementar.
  5. Apoio as Pesquisas Científicas - A Oncologia Pediátrica é uma especialidade carente de recursos e o apoio para a condução de estudos clínicos e de pesquisa básica no Brasil é reduzido. Adicionalmente, o número menor de pacientes pediátricos em relação à população de adultos reduz comparativamente o interesse da indústria farmacêutica em Oncologia Pediátrica, diminuindo dramaticamente a velocidade dos avanços em tumores da infância. Por esta razão, faz-se necessária a busca de alternativas de investimento para oferecer o benefício do conhecimento científico também para pacientes desta faixa etária. A frente parlamentar na área da pesquisa tem como objetivos estimular a pesquisa biológica na área de câncer pediátrico, buscando o entendimento da biologia tumoral e a identificação de novas oportunidades de tratamento; avaliar através de ensaios pré-clínicos os efeitos de novas terapias experimentais e/ou biomarcadores em tumores pediátricos, com foco em pesquisa translacional, ou seja, nos resultados que tenham aplicação na prática clínica; estimular a produção e divulgação de resultados na forma de artigos científicos e/ou patentes, contribuindo para o desenvolvimento de novas terapias e/ou biomarcadores em câncer infantojuvenil; formar recursos humanos de alto nível (graduação, mestrado e doutorado) especializados na pesquisa em câncer infantojuvenil; promover o intercâmbio científico e acadêmico entre diferentes pesquisadores e instituições estimulando a formação de redes de pesquisa em onco pediatria; aumentar os recursos públicos na área de pesquisa em oncologia pediátrica e manter as ações governamentais tais como Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (PRONON), entre outros programas com incentivos crescentes no Estado do Rio Grande do Sul. 
  6. Criação de uma Rede Oncológica do Estado - A Rede Oncológica tem como objetivo qualificar os centros especializados na atenção oncológica pediátrica do RS através de um modelo de assistência integral em Rede. O modelo propõe implementar protocolos que auxiliem os profissionais na condução dos casos suspeitos e/ou confirmados, dentro de uma linha de cuidado padronizado, que estabeleça fluxos e ações desde a Atenção Básica até a Alta Complexidade.

Vídeo do lançamento da Frente Parlamentar

Audiência Pública

Tele Oncoped

Dia 02 de junho de 2022 foi um dia histórico para a sociedade gaúcha!
Lançamos em parceria com a Secretaria de Saúde do Estado, o projeto "Tele Oncoped" que será fundamental para o diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil na Rede de Atenção Básica e das Unidades Oncológicas do Estado do Rio Grande do Sul. Será possível, através do 0800 e plataforma digital, que os profissionais da saúde contatem especialistas do ICI em caso de suspeita de câncer infantil, em crianças e adolescentes de 0 a 19 anos.
Assim, será mais ágil o diagnóstico, porque os profissionais poderão direcionar os pacientes para centros de referência com rapidez. Portanto, o atendimento será prioritário e com o tratamento adequado, minimizando possíveis sequelas da doença, aumentando as chances de cura.
Além disso, os profissionais das UBS serão capacitados pela equipe do Instituto do Câncer Infantil.
Estamos emocionados e felizes por estarmos contribuindo, novamente, para o futuro das crianças e adolescentes do Estado.
Agradecemos à todos que trabalharam conosco para tornar esse projeto realidade! 

Convênio com Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul

Em novembro de 2021, assinamos junto à Secretaria do Estado do Rio Grande do Sul um convênio onde os resultados mais esperados são: o aumento dos índices de cura do câncer infantojuvenil no Estado do Rio Grande do Sul, melhoria na qualidade de vida dos pacientes e apoio nos processos de regulação.

Lei Manu

No início de agosto, o ICI deu mais um grande passo através das políticas públicas e reuniu-se com a Secretária da Saúde do Estado, Arita Bergamann, para debater sobre a Lei Manu. A Lei foi sancionada, mas ainda não está em vigor. A reunião estabeleceu a parceria entre o Estado e o ICI para dar andamento na execução prática da Lei. E contou com a presença do autor da Lei Deputado Tenente Coronel Zucco, a Dra. Sheila Schuch, Deputado Vilmar Lourenço e Dr. Algemir Brunetto - Superintendente do ICI.

RS ganhará política de atendimento do câncer infantojuvenil

O Rio Grande do Sul terá uma política de atenção à oncologia pediátrica a partir da aprovação - por unanimidade – no dia 22 de julho, do projeto de lei do deputado Tenente-Coronel Zucco. O principal objetivo da iniciativa é aumentar os índices de cura e a melhoria da qualidade de vida de pacientes come câncer entre zero e 19 anos.
Para Zucco, o projeto representa uma conquista de crianças e adolescentes portadores da doença e seus familiares. “Queremos agilizar o diagnóstico e o tratamento dos pacientes. A parceria do Instituto do Câncer Infantil (ICI) foi fundamental para a elaboração deste projeto, abrangente e viável. É um dia de grande significado para milhares de famílias gaúchas”, acrescenta.
Para o Superintendente do ICI, Algemir Brunetto, a aprovação representa agilidade no encaminhamento tanto de casos suspeitos quando com diagnóstico confirmado da doença para os centros especializados do nosso estado. "O resultado disso com certeza será o aumento do índice de cura da doença. Nesse momento histórico, o ICI agradece aos deputados pela aprovação do projeto de lei", afirma.
O projeto assegura o tratamento diferenciado, universal e integral às crianças e adolescentes portadores de câncer, através de um modelo de assistência integral da rede de atendimento de saúde. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, trata-se da primeira causa de morte por doença na faixa etária zero a 19 anos no Brasil, gerando forte impacto para milhares de famílias.
Ao contrário do que ocorre com adultos, o câncer em crianças não tem fatores de risco, como sedentarismo, tabagismo ou álcool. A detecção e o tratamento precoce aumentam significativamente a possibilidade de cura. A OMS calcula que anualmente ocorram cerca de 300 mil novos casos de câncer infantojuvenil.
Agradecemos ao deputado Tenente Coronel Zucco pela iniciativa e a todos os deputados pelo apoio a causa!!! 

Instituto do Câncer Infantil realiza visita à Assembleia e pede apoio para projeto de lei

No dia 3 de junho, o Superintendente do ICI, Dr. Algemir Brunetto, acompanhado da Gerente Institucional do ICI, Valéria Foletto, realizaram uma visita ao presidente da Assembleia Legislativa, Deputado Estadual Ernani Polo. Na ocasião, foi entregue um pedido de apoio do ICI para o projeto de lei que institui a política de atenção à oncologia pediátrica no Rio Grande do Sul. O autor da proposta, Deputado Estadual Tenente-coronoel Zucco também participou do encontro.
O objetivo do PL 467/2019, que já teve parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em março, é aumentar os índices de cura e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. 

Deputado Zucco
Instituto do Câncer Infantil

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